sexta-feira, 20 de abril de 2007

PS QUER SAÍDA URGENTE DE LIPARI DA GEBALIS

Após a visita de ontem à sede da Gebalis - empresa que gere os bairros municipais -, os vereadores socialistas na Câmara de Lisboa reafirmaram que o responsável pelo pelouro da Habitação, Sérgio Lipari, "não tem condições para continuar a tutelar a empresa".

Mesmo no PSD, adiantou Dias Baptista "deve haver vereadores que não se sentem confortáveis com a situação".

Dias Baptista e Rui Paulo Figueiredo, que estiveram reunidos durante cerca de três horas com o conselho de administração da Gebalis, confirmaram que

"o relatório que resultou da auditoria interna feita à empresa, verificado por um revisor oficial de contas, é credível"

e que a gestão de 2006 do actual conselho de administração "ia no sentido de recuperação das dificuldades" disse Rui Paulo Figueiredo.

Com efeito, explicitou Dias Baptista

"os problemas financeiros da empresa aumentaram em 2004 quando a empresa duplicou o número de bairros sob a sua gestão - de 35 para 70 - a maioria dos quais degradados".

Défice que a "estratégia que previa a titularização de rendas dos bairros se propunha resolver".Porém,

"a crise institucional provocada por Lipari acabou por colocar em causa a existência da própria empresa".

Em todo o caso, "mantém-se na corrida um dos nove bancos que se apresentaram a concurso, apesar de a situação agora ser mais complicada em termos concorrenciais" defendeu Dias Baptista, que justificou

"A empresa tem regras legais a cumprir e a Câmara não está em condições de injectar capital".

Mas agora, numa primeira instância, é preciso resolver a "instabilidade política provocada pelo relatório encomendado por Sérgio Lipari e elaborado pela comissão presidida por Themudo Barata". A Câmara e a empresa não podem ser palco de lutas políticas e ajustes pessoais" defendeu Rui Paulo Figueiredo. Para isso, é urgente que o presidente da Câmara "assuma a tutela da empresa ou que a atribua a outro vereador". Aliás, salientou Dias Baptista "toda a Oposição considera que Lipari não tem condições para continuar à frente da empresa e Carmona Rodrigues já percebeu que não permitiremos que esta situação permaneça por mais tempo".

in JN

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