sexta-feira, 20 de abril de 2007

PS ACUSA PSD DE USAR GEBALIS PARA "AJUSTES DE CONTAS"

Os vereadores socialistas, Rui Paulo Figueiredo e Dias Baptista, estiveram esta quinta-feira reunidos com o conselho de administração da Gebalis e confirmaram o diagnóstico que tinham feito.
De acordo com os vereadores da oposição, o «relatório e contas de 2006 que foi distribuído na última reunião de Câmara é um documento credível, fidedigno e seguro».

Para Figueiredo e Dias Baptista,
a atitude de Sérgio Lipari, que se recusou a participar na votação do relatório, na reunião da passada segunda-feira, foi «uma irresponsabilidade» e pode ser lida à luz de uma batalha interna «entre facções do PSD».

«Lisboa não pode ser palco de ajustes de contas entre diferentes sensibilidades do PSD», defendeu Rui Paulo Figueiredo,
para quem a saída para a crise da empresa que gere os bairros municipais só pode ser resolvida «politicamente». Figueiredo considera, por isso, que «o presidente Carmona Rodrigues deve retirar a tutela da empresa ao vereador Sérgio Lipari». «É uma decisão que só cabe ao presidente», sublinhou Dias Baptista.
O vereador Dias Baptista assegura que «dentro do próprio PSD há-de haver vereadores que não estão contentes com a situação» e que «é claro para toda a oposição que Lipari não tem condições para continuar à frente da empresa».
António Dias Baptista chamou ainda a atenção para a urgência de uma tomada de posição por parte de Carmona Rodrigues, já que «a operação de titularização de créditos – essencial para resolução dos problemas financeiros da empresa – está a ser posta em causa com este clima que se vive na Gebalis».
O vereador do PS, Rui Paulo Figueiredo, acredita que Sérgio Lipari é o responsável pela instabilidade na Gebalis. Para o socialista, «o conselho de administração e a vereadora Maria José Nogueira Pinto tinham uma estratégia para a empresa», que está a ser afectada pelos episódios protagonizados por Lipari, o vereador com a tutela da Gebalis
Os socialistas elogiaram a actuação do conselho de administração liderado por Francisco Ribeiro, defendendo que tanto este órgão como Maria José Nogueira Pinto - a vereadora que deteve a tutela da Gebalis até à quebra da coligação - «tinham uma estratégia para a empresa».
Dias Baptista explicou mesmo que, em seu entender, «os problemas financeiros da Gebalis decorrem de uma alteração de 2004, graças à qual a empresa passou a gerir 70 bairros», em vez dos 35 que até aí tinha a seu cargo.

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